Um Funeral é sempre triste, por muito que consolem, digam que a pessoa estará melhor assim. Há sempre o desejo da vida eterna para aqueles que nos são queridos.
Hoje estavam 13 pessoas numa sala muito pequena. Uma já de muita idade estava dentro do caixão, o padre no altar e as outras 11 a ouvir o silêncio umas das outras...um silêncio pesado. Eu tentei concentrar-me no grande sentido de humor que o sr. Álvaro tinha. Sempre que ele vinha a minha casa, agarrava-me no braço ou tentava estar atento à minha voz e quando percebia que era eu, perguntava de imediato com ar de admiração: Então Isabel, estás por cá hoje?! A piada era repetida, mas tinha imensa graça dita por ele.
Não o via todos os dias, muito menos todos os meses, talvez até se tenham passado anos entre muitos que já nos conhecemos, mas todas as pessoas que se cruzam na nossa vida têm uma razão de ser. Ele lutou até o último dia, mesmo na escuridão em que vivia, pela sua independência. É um exemplo de teimosia aliada ao desejo de querer viver.
O barulho doloroso das pedras na madeira, marcou hoje a despedida à vida do Sr. Álvaro, mas ele ficará gravado na minha com toda a certeza!
É realmente muito triste perder alguém que nos é mais chegado e querido, é demasiado triste perder uma pessoa que nos faz rir apenas com o seu sorriso, é demasiado esquesito não estar a pessoa no seu devido lugar aquela hora.
ResponderEliminarÉ triste.
Adorei o blog
Beijos do Graça
E que vá em paz, na esperança que para onde quer que tenha ido seja melhor que onde estamos. Beijo para ti.
ResponderEliminarÉ triste perder alguém...
ResponderEliminarE depois não concordo nada com o clima que se cria num velório... Sinto-me oprimida, cheia por um vazio que me desespera... Sem saber o que dizer ou o que fazer..
Jé lidei por várias vezes com essse sentimento... E nunca estamos preparados para a próxima...
Resta-nos pensar que, de certeza, está num sítio bem melhor...
Sítio bem melhor ou não prefiro não pensar...
ResponderEliminarSó tive pena de não er podido estar ao teu lado a segurar-te na mão e de alguma forma alegrar um pouco o ambiene pesado que se gera nos funerais...