quinta-feira, junho 26, 2008

Ao som de Vim Martens e sabor do bom Porto

Foi o frio que lhe encarnou a espinha
percorreu os sentidos de fio a pavio até ficar de coração vazio,
como aquele monstro, que sorria.
A língua frutada de sabor a madeira, ansiosa por ser tentada,
deu de si ao escuro e fez-se noite baldia
enterrada no olhar de um estranho, ali
no fundo das pedras encarnadas.
Caminhos...
Jamais percorridos por lágrimas de mãos dadas,
ao som da chuva e venenos derramados.

terça-feira, junho 24, 2008

Dá cá um balão para eu brincar...

Entre muita sardinha, fogo de artificio,
muita chuvinha e 9 balões, lá se foi mais um S.João.

Como de costume, escrevi umas quadras nos balões que são do meu tamanho, prometendo um presuntão, noutro um salpicão e por aí...
Não é que hoje o nr de contacto que lá estava, recebeu a seguinte msg:
Encontrei o seu balão, agora quero o meu presuntão. :)
Ligamos e do outro lado estava uma voz bem disposta a dizer que para o ano queria era o presunto pendurado no balão e de preferência sem estar curado.
Já é a segunda vez que isto me acontece, alguém encontra um balão lançado por nós cerca de 20 e tal km´s de distância.

segunda-feira, junho 23, 2008

Bom S.joão!!

Dizem que é proibido lançar balões, mas só a chuva impedirá os mestres cá de casa, lançarem uns 3 ou 4!

quinta-feira, junho 19, 2008

Alice, a pintora.


Alice morava na aldeia de Couce, longínqua, junto ao rio, perto da natureza, com poucas casas habitadas. Vivia na mais pura da paz. As brincadeiras de criança com o seu primo André, preenchiam-lhe os dias. O acompanhamento escolar era quase nulo, cresceram no campo, juntos e analfabetos. Aquilo que os unia ultrapassava a cumplicidade. Encararam como um amor, terno e inocente, aquele amor, o mais apetecido e por isso, olhado de lado por todos. Todos comentavam, mas só agiram quando a mais bela moça da terra, engravidou. Nesse dia, foi apedrejada por toda a aldeia.
- Ela tinha futuro, era boa rapariga, é uma pena. (cochichava a dona Antónia com a dona Lucinda atrás da igreja).
Nessa mesma noite, depois de Alice ouvir de seu pai que não era mais sua filha e de André não lhe ter dado a mão, fugiu.
Sem saber ler nem escrever, a forma que encontrou para sobreviver foi mostrar a sua arte na rua. Começou por pintar com carvão e a vender, numa cidade fria, que não era a dela. Desenhava essencialmente o paraíso e a visão pura da vida. Alice só tinha conhecido a liberdade, o amor e mais tarde a injustiça e a traição.
Para terem uma ideia, algumas obras dela, fizeram parte de uma exposição chamada: “Paraíso manchado”. Foi descoberta pelo dono de uma galeria, jovem, com boa aparência, que se apaixonou pela arte e mais tarde por ela.
A mulher amarga que Alice se tornou, era fruto da revolta por não a terem deixado amar. Amar a vida, o André e o bebé que nunca chegou a nascer.
Agarrou-se à vontade de morrer no dia em que achou aquela aliança na rua, servia-lhe na perfeição, sentou-se no banco de jardim da praça e enquanto fumava mais um cigarro, imaginou-se de branco, na igreja, rodeada de flores e com um sorriso que já não reconhecia como seu.
Foi a sua última pintura, aos 63 anos, com uma doença terminal diagnosticada e com as mãos trémulas, cobertas de tinta, desenhou uma mulher vestida de noiva, manchada de sangue no altar, sozinha. Momentos antes de falecer.




(texto construido a partir da imagem)

quarta-feira, junho 18, 2008

Tem dias, que até acertam!

Although the tension may start to wane after today's Full Moon, you still won't find fast answers to the dilemma of being pulled in two directions. Your responsibilities at home or to your family make it harder to fulfill your commitment at work, even if that's what is expected of you now. Don't worry if it all doesn't come together immediately; you have more time than you realize.

By Rick Levine

segunda-feira, junho 16, 2008

Serviço nacional de saúde




Já tenho uma t-shirt para ofercer ao meu pai!
Eu com ele, todo o fim de semana entre hospitais, urgências...a verdadeira seca à portuguesa, tudo por causa de um pé partido!

sexta-feira, junho 13, 2008

Pah...não há ninguém que ensine este Manuel Luis Goucha a dizer os L´s?! E já agora...umas aulitas de terapia também para a Sílvia Alberto?!
Comunicação?! allo?!

segunda-feira, junho 09, 2008

A porta de vidro fosco abre-se, um monte de olhos brilham enquanto esperam alguém que lhes é querido e ela fica meio sem graça, sorrindo, sem ar de quem viajou.
Não estava lá a placa com o seu nome na mão de um estranho, mas ela procurou alguém que lhe fosse familiar, que lhe carregasse as malas. Não havia uma flôr, um sorriso, só um caminho longo e vazio, em passo travado, pela saia vermelha até ao carro.

quinta-feira, junho 05, 2008

Feira do Livro

O Rui Rio quer mudar a feira do livro para a Av. do Aliados e acho que faz muito mal. O Palácio de Cristal é mítico, está abrigado da chuva que nos invade sempre no final de Maio e já levou muita gente aqueles jardins esquecidos no tempo.
Eu gosto sempre de ir, tem um sabor especial e é pena que este ano esteja tão deserta como está. A crise, a falta de interesse estão a roubar clientes!
Eu comprei 3 livros em final de edição a 3euros cada um ;)
Nada mau!!

terça-feira, junho 03, 2008

Não há paciência!!

Os portugueses são os grandes aventureiros de todos os séculos, uns viajados e muito trabalhadores.
E o que podemos dizer dos emigrantes, ou da maioria deles?
Que tiveram coragem? Que se sujeitam? Ou que são ainda muito atrasados?
Bem, estou a falar do povo que morava numa aldeia e que um dia se atreveu a fazer o que nunca tinha feito no seu país!
Infelizmente, nas cidades do interior, há duas hípoteses quando se decide trabalhar: ou se vem para o litoral evoluir, ou se vai para o estrangeiro sujeitar-se a tudo e mais alguma coisa! A ambição de ganhar dinheiro encaminha para a opção 2, que neste momento, acredito que seja a mais viável, a união europeia abre cada vez mais as portas a isso.
Até aqui, nada!
O estranho é que eles voltam de lá com um garfo nas costas, golas levantadas e nariz empinado. Ganham mais, trabalham mais, têm uma vida com menor qualidade de vida, direitos violados, alguns são até mesmo explorados. Coisas impensáveis por cá!
Lá não se manifestam, sujeitam-se!
Mas então o que é que eles querem daqui?!
Voltam com um olhar reprovador de tudo e de todos, apregoam aos sete ventos as vantagens de morar lá na Frauunça, Canadá, New Yark, ou na Suizz. Acabam por não saber falar Português, nem a nova língua. Não têm cultura de nenhum dos dois países (excluindo todo o repertório do Tony Carreira), vivem para trabalhar e para ostentar o que ganharam, num mês em Portugal!
A questão é esta:
E o que é UM PASSAPORTE ELECTRÓNICO?!
uma máquina? um baralho de cartas? é de comer?
É aqui que estala o verniz, escapam palavrões, vem ao de cima a ignorância desta gente com nota no bolso e tão pobre de espiríto.

domingo, junho 01, 2008

Tirando a parte de não ter máquina digital na época, parece que foi em boa altura que fui aos E.U.A. por duas vezes!
Primeiro perderam as Torres em N.Y e agora em L.A. ardeu parte da Universal Studios.
Já cheira a europeu!