terça-feira, fevereiro 19, 2008

O barco

Os olhos tinham a transparência do verde, molhado, estava perdido, deslocado. O céu, já não tinha cor nem nuvem que o visitasse, as lágrimas escorriam pela madeira e o pensamento estava no imenso azul que o faria sobreviver. Queria gritar, ficar livre, mas as casas ainda estavam longe, não tinha força, nem confiança para correr em direcção a elas.
Baixou os braços e ficou ali, deitado a viver a vida de um passado.

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