quinta-feira, agosto 10, 2006

O regresso do "super" Homem


Mas quem é que precisava do regresso do super homem? Só mesmo a famosa jornalista Lois e respectiva família. O mundo já tinha interiorizado que ele estava numa cadeira de rodas, que tinha sido morto e enterrado, que foi para a terra dele para viver em paz, que nem um super homem resiste a tudo e se um jogador de fuebol se reforma aos 35 ele bem que podia ter ido mais cedo.
E vai daí, inventam-lhe um regresso ainda mais gay. Único pormenor aceitável é a mudança do slip para um boxer não tão abixanado e uma lente “Essilor” à prova de bala.
Tenho a certeza, que eu a trabalhar num departamento de marketing de qualquer empresa e a querer fazer uma campanha de um produto associava-o de imediato ao super homem. A avaliar pelas 3 salas lotadas numa ante estreia em pleno agosto no norte do país, toda gente vai ver o regresso do nosso primeiro super herói. Tudo bem que os bilhetes foram oferecidos, mas isto é caso para dizer que o noddy já teve melhores dias. Os putos vão esquecer o carro amarelo e voltar à capa vermelha!
Acreditem em mim, vendam cristais que matem o super homem (o mundo está cheio de invejosos), lentes à prova de bala (nunca se sabe quando os maus da fita voltam e agora já só temos o filho dele para nos salvar), também podem vender tecidos ultra fortes que nunca rasgam para fazer capas daquelas, só tem que ser vermelho, ou até elevadores. Sim, porque no regresso já não existem cabines telefónicas vermelhas, o SH muda-se no elevador, sai pelo topo do prédio e não faz um furinho, mas quando vai em salvamento parte tudo!
Longe de mim estar a estragar a ilusão de alguém, vão ver o filme, é emocionante saber que o SH também chora, mas tentem ser discretos, não façam como muitos que exibiram de peito feito a sua t-shirt de super homem na entrada do cinema e passadas 2 horas e 20m, a saída foi mais súbtil do que alguém que ainda não sabe da existência do imodium rápido.
Eu cá fico à espera que ponham o filho dele a voar para salvar a super mãe, que aos tombos que dá, ninguém sabe como ainda anda ali sem um osso partido.

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