Deliciada com o creme da bola de berlim, pensava eu o que ofercer à mãe de prenda de Natal. O frio cortava, mas o calor humano, Batalha-a-baixo era forte e misturava-se com as quentes e boas da esquina. Não me saiu da cabeça a imagem da solidão, sentado num banco com olhar e vida perdidos. Queria ter tido tempo e coragem para me sentar no banco e falar sobre o tempo, ou das pombas, que habitam a praça. Mas não o fiz, segui caminho.
Congelada e com cachecol a tapar o nariz, voltei do trabalho. Subia a rua apressada e na mente só tinha...fazer embrulhos na minha casa quentinha!
Chego à praça e estava ele, a solidão em pessoa, cabeça dentro do caixote verde, a comer como quem tem fome, o resto de um pão. Limpou a boca ao saco preto...tremi, quase parei, mas tive medo.
O Natal é o quê afinal?
O bacalhau é só dos peixes mais caros...
As compras nunca são sufiientes...
Fiquei sem vontade de embrulhar, mas rendi-me à animação da mãe e tentei só pensar na felicidade que é ter uma familia.
Pode ser que um dia eu perceba porquê que este tipo de desabafos são sempre os que recebem menos comentários. Será porque, mesmo sem querermos, nos tocam bem no coração e nos fazem ver como por vezes podíamos fazer alguma coisa pelos que nos rodeiam e simplesmente acelaramos o passo e fazemos de conta?!
ResponderEliminarSubscrevo cada palavra que escreveste! :)
Apesar de tudo penso que nesta época se pensa mais nos outros (desconhecidos) e se dá mais. Li o que escreveste e pensei nesses dois lados que o Natal parece ter.
ResponderEliminarMas, vim aqui por causa do jantar. Se quiseres posso enviar-te o meu número de telemóvel, se me enviares um mail para escritaredonda@gmail.com a dizer qual é o teu. E boas referências para identificar a nossa mesa podem ser a Luísa e o Alf por terem fotografias deles nos seus blogues. Até já :)
pois é, eu e o alf somos uns vaidosos! no caçula a mesa está marcada para um grupo de 9 pessoas (que pode crescer na hora) e dei o meu nome (luísa azevedo).
ResponderEliminaraté logo
desculpa o meu comentário... até parece mal!
ResponderEliminarli a redonda e como aqui vinha falar do jantar, perdi-me.
é verdade que nesta data somos mais sensíveis... é igualmente verdade que, infelizmente, muitos se aproveitam da época para chorar. acaba, como quase sempre, por pagar o justo pelo pecador.
é bom ter uma família feliz... vamos pensar nessa felicidade (não que ache que devamos esquecer a infelicidade de muitas).
beijo
solidário
oh morena, é bem mais facil virar a cara para o lado...
ResponderEliminarComo eu faço na rua quase todos os dias, para não me dar aquela volta ao estômago, como deu quando o vi a usar o saco preto imundo como guardanapo :(
É nestas alturs que mais nos dói a infelicidade dos outros..
ResponderEliminarEles estão sempre lá.. a seguir os nossos passos, à espera que demos conta de que eles precisam de ajuda..
Mas, é impossivel ajuda-los a todos.. podemos é fazer da noite de natal deles mais feliz..
e pensar o quão sortudos somos por termos familia, casa, consoada e prendas para abrir na noite de natal..
natal pode sewr todos os dias...não vou comentar as amarguras dos dias cinzentos em nós...até pq acho que om pai natal é chines...
ResponderEliminarGostei de te conhecer no jantar, que esteve muito mas muito bem.
beijo natalicio.
então menina! esse tpc, não sai?
ResponderEliminarsei que estamos em período de férias, que o namorado cantava no domingo, mas... já hoje é segunda.
não gostou da janta?
vamos lá... mãos à obra!
beijo
luísa
adorei conhecer-te
3ºC no porto?
ResponderEliminarbolas! bem me parecia que não era o meu termostato que estava avariado!
vou tomar qq coisita quente...
O problema é que as pessoas no Natal pensam mais nas prendas e no dinheiro que gastam do que propriamente no verdadeiro significado da quadra.
ResponderEliminarBeijos